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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

BREVE



O meu próximo poema não mora
comigo. Não me habita ainda.
Sei, tão só, que fiz dele meu herói
e é bem-vindo quando sua brisa
acosta o batente da janela
que, por ele, sempre está aberta.
E se vem é de um jeito somente:
uma lufada breve, mas fremente,
e treme e deixa bem avisado
ao poeta de mil versos versados
− Sou um pé de vento de um poema
e não há quem tenha uma algema
capaz. Como prender o infinito?
Se ele disse assim, está dito.


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Marlos Degani

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Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brazil
Participa do grupo de poesia Desmaio Públiko em Nova Iguaçu. É jornalista, escreve crônicas periódicas no sítio do Baixada Fácil www.baixadafacil.com.br e lançou de seu primeiro livro de poemas chamado Sangue da Palavra em 2007 e um CD de poemas chamado MARLOS DEGANI - ATÉ AGORA em 2009, com a sua poesia completa (édita e inédita). Lançou em set/14 seu segundo volume de poemas chamado INTERNADO no formato e-book, já disponível nas melhores virtuais. Contato: marlosdegani@gmail.com