(Na noite desaluada)
Quem pensa que a noite
é só preta,
entre todos os nanquins
espalhados,
norte, sul, neste
sertão estrelado
de azuis severos que se
estreitam
ao petróleo grave do
horizonte
sobre os cinzas ardósias
dos ontens
− os que ainda não
amanheceram
no agora que não é mais
rebento?
A noite – esta mais
alta – ecoa
uma luz que avoa às
avessas
na paleta oposta do
inferno:
breus claros, breus
médios e breus bordôs...
Minha noite tem carmim,
carmesim
e um poema em branco.
Sem fim.
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